quarta-feira, fevereiro 29, 2012

Uma aventura com o apoio ao cliente: starring Ricardo, Zé Manel e Carla Andreia

Acho que já todos tivemos pelo menos uma vez que lidar com o famigerado apoio ao cliente, que independentemente do serviço que apoia, é – na maioria – via telefone.
Todo o teor desta chamada é fictício. Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência (ou previsibilidade dos sistemas de atendimento)

Para começar, temos o atendimento computadorizado. Gravam a voz de uma senhora simpática, e ela oferece-nos um leque de opções, para agilizar o processo.... supostamente. o que acontece é mais ou menos isto:
Voz gravada: Boa tarde, bem vindo ao apoio ao cliente da Vodafone. Seleccione uma das seguintes opções: 1 para adesões e serviços, 2 para tarifários e facturação, 3 para dúvidas relacionadas com telefones,4 para serviços e 0 para falar com um operador. Para voltar a ouvir as opções, prima a tecla cardinal (#)
*Ricardo carrega no 4*
Voz gravada: Operação não reconhecida. Seleccione uma das seguintes opções: 1 para adesões e serviços, 2 para tarifários e facturação, 3 para dúvidas relacionadas com telefones,4 para serviços e 0 para falar com um operador. Para voltar a ouvir as opções, prima a tecla cardinal (#)
*Ricardo carrega no 4*
Voz gravada: Operação não reconhecida. Seleccione uma das seguintes opções: 1 para adesões e serviços, 2 para tarifários e facturação, 3 para dúvidas relacionadas com telefones,4 para serviços e 0 para falar com um operador. Para voltar a ouvir as opções, prima a tecla cardinal (#)
*Ricardo suspira e carrega na tecla 0*
Voz gravada: Pretende falar com um operador? O custo da chamada será 24 cêntimos por minuto. Se quiser regressar ao menu anterior, carregue tecla estrela (*), se quiser falar com um operador, aguarde.
E agora supostamente, passavam a chamada a um dos muitos tele operadores, falávamos sobre o nosso problema,e ficava tudo resolvido, certo?
ERRADO.

Voz gravada: Por favor aguarde enquanto processamos a sua chamada.*música começa a tocar*
Agora começa a maratona de música de elevador, se bem que podemos levar com Celine Dion ou com uma repetição incessante de 30 segundos da mesma música. Depende do serviço.
*interrompe a música passados 20 segundos*
Voz gravada:Ainda não nos foi possível atender a sua chamada – really? - por favor aguarde.
*Música recomeça*
*Ricardo aguarda*
Voz gravada: Ainda não nos foi possível atender a sua chamada por favor aguarde.
Ricardo:Ahm...já tinha percebido
E isto pode prolongar-se dos 15 minutos aos 40, sempre EXACTAMENTE a mesma música, com as interrupções da nossa amiga voz que nos pede paciência. Ora, eu – que sou um gajo muito paciente – começo por esta altura a resmungar de mim para mim. Até que...:
*música para*
Voz desconhecida: Boa tarde, daqui fala o Zé Manel Fonseca, tenho o prazer de estar a falar com?
Ricardo: Ricardo, nº de cliente tal, nº de telefone tal.
Zé Manel: E em que posso ser-lhe útil sr Ricardo?
E agora vocês leitores pensam esperançados “ai pronto, agora ele pergunta o que se passa, o Ricardo responde e o problema resolve-se”... Ahm pois. É mais assim:
Ricardo: Bem, tenho desde sempre o serviço de roaming activo. Hoje precisei de ir a espanha e o telemóvel não recebia qualquer tipo de rede, mesmo com o saldo em dia.
Zé Manel: Ah... pois... mas isso não é comigo... Isso é com a assistência técnica. Vou transferir a chamada. Aguarde por favor.
E isto acontece quase sempre. As opções que nos oferecem no inicio da chamada, são só para nos baralhar. Nunca ligamos para o sitio certo à primeira. Entramos então no universo das transferências:
Ricardo: Okay (mentalmente: NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOO!!!!)
*15 minutos a meia hora de música, SEMPRE A PAGAR, depois*
voz desconhecida 2: Boa tarde, daqui fala a Carla Andreia da Silva, em que posso ser-lhe útil?
Ricardo: Bem, o seu colega Zé Manel passou-me a chamada, presumo que lhe tenha explicado a situação
Carla Andreia: Não, apenas transferiu a chamada.
*Ricardo suspira e repete tudo*
Carla Andreia: Ah pois, mas isso é com os serviços, vou transf...
Ricardo: Mas o seu colega dos serviços transferiu-me para aqui.
Carla Andreia: Ah... mas deve ter sido um mal entendido.*mais música*
Ora bem, eu sou um gajo porreiro, mas por esta altura já tenho vontade de mandar toda a gente meter um ovo cozido no c*
Zé Manel: A minha colega passou-me a chamada,diga lá o seu problema novamente.
Ricardo: Ahm... *respira mesmo muito fundo e repete*
Zé Manel: Deixe-me só verificar.*poisa o telefone ao lado – ou então encosta-o à boca e arfa como se estivesse a cavar batatas – e carrega nas teclas muitas vezes durante 5 a 7 minutos*
Zé Manel: Obrigado por ter aguardado. Pois senhor Ricardo, realmente vejo aqui uma discrepância no roaming,mas... deixe-me verificar novamente.
*volta a poisar o telefone e deixa o Ricardo a pensar em mandar antrax para a vodafone*
Zé Manel: Senhor Ricardo, muito obrigado por ter aguardado outra vez – you said it bitch – pois, o problema foi um erro no sistema. Estamos a fazer upgrades nos servidores e o sistema não está a funcionar a 100 % agora está tudo operacional. Mais alguma coisa em que o possa ajudar?
Ricardo: … Não, é tudo.
Zé Manel: Obrigado pelo seu contacto – e pelos euros que gastou à espera – disponha sempre.
E aqui têm a desculpa suprema que devem ensinar a todos os tele operadores pelo mundo fora.
A CULPA É DO SISTEMA. Ou porque está em baixo, ou porque está em cima, ou porque tem gente a mais ou a menos, o sistema é que tem a culpa de toda e qualquer avaria que os senhores no outro lado da linha não saibam resolver. E hey, não podemos reclamar com o sistema, não é?

E cada vez que ligo para o apoio a cliente de qualquer serviço, alguma coisa destas acontece – Se não todas – Os meus problemas ficam quase na mesma porque é culpa do sistema, e gasto uma dinheirama em telefone no processo.

E vocês?
Costuma-vos acontecer o mesmo nas linhas de apoio ao cliente?
Têm paciencia com as pessoas?
Vá, partilhem histórias engraçadas sobre o assunto se quiserem, leiam comentem e subscrevam!

Só agora é que reparei...

Que a página de facebook do blog fez um ano este mês de fevereiro (dia 15, para ser mais exacto)
Um ano a poluir mais um bocadinho a internet, huh?
Por isso:
E já agora, para quem tem páginas do blog no facebook, a partir de dia30 de Março, muda o look para a cronologia/timeline.
Vá, a ver se chegamos aos 100, ou aos 200 ou assim.
E mais logo, post novo!
PS: post com comentários bloqueados, não é necessário.

segunda-feira, fevereiro 27, 2012

Isto não é um post (normal) sobre os Óscares

Vamos começar por esclarecer: eu não odeio os óscares. Não tenho nada contra a cerimónia – pessoalmente acho aquilo das coisas mais aborrecidas de sempre, o máximo de tempo que consegui assistir a uma cerimónia foi no ano passado só por causa da Anne Hathaway (tenho uma forte pancada pela moça) e foi coisa de 30 minutos antes de pegar no meu computador e ir fazer qualquer coisa mais interessante – e as decisões deles não me afectam muito, há vezes em que não concordo e outras em que nem por isso, mas não é coisa que me revolucione o universo .

Acho que é muito mais interessante observar as repercussões que “a” cerimónia do cinema internacional tem no comum dos mortais... e não é a nível cinematográfico:

Para começar, as pessoas vão todas atrás de quem ganhou os óscares, independentemente de gostarem ou não do filme. Se um filme ganha um Óscar, toda a gente passa a querer ver o dito cujo. É chic, trendy, stylish. E vice versa.
Há 3 anos (ou 2 não tenho bem a certeza) andei semanas a tentar arrastar alguém comigo para ver o Slumdog Millionaire – Nem sabia que estava nomeado – porque gostei da história e ouvi falar bem do livro (O Vikas Swarup tem uma escrita interessante já agora).
Acabei por ter que ver o filme sozinho. Na semana seguinte ganhou uma tonelada de óscares, e TODA a gente quis ir ver o filme, o que foi extremamente gratificante para a minha pessoa.
O mesmo aconteceu com o Avatar, que muita gente adorou até ter sido miseravelmente derrotado nos óscares, e então passou a ser “assim assim”.

Depois, todo o santo ano, na noite de óscares, toda a gente vira entendida em alta costura.
Já é mais ou menos hábito que os telejornais por terras lusas percam entre 5 e 15 minutos a comentar as melhores e piores vestidas da cerimónia, no dia seguinte... Mas para um frequentador assíduo do facebook e da blogosfera como leitor (há coisa de 4 anos mais ou menos), já sei que a coisa não se fica só por ali, e até já me habituei a levar com uma penca de pessoas a debitar sobre os trapinhos que as estrelinhas de Hollywood levam para a red carpet.
Até seria mais normal se fossem só as pessoas que assumem abertamente ligar a roupas e aparências e celebridades, mas não, até aqueles que gozam com os “féshions” estão lá batidos a debicar como se não houvesse amanhã.
E aprendo que a Maria aparecida da passarinha encarnada tinha um vestido do Louis vuitton muito Bonito que a fazia parecer 20 anos mais nova, enquanto que a Lucrécia da Encarnação tinha um casaquinho de lantejoulas que lhe fazia a barriga parecer uma gaiola de criação de macaquinhos.
Bitch please.
Elas vão todas continuar a ser podres de ricas e a cagar-se para o que o comum dos mortais lhes diz dos trapinhos, e eu – bem como muitos outros que não querem saber – é que levo com isso em doses industriais em todas as redes sociais em que tenho o azar de colocar a vista.

E vocês?
Costumam assistir aos Óscares?
Viram este ano?
Concordaram com as nomeações e os vencedores?
Comentam muito o assunto ou passa-vos ao lado?
Já vos aconteceu alguém querer ver um filme só porque ganhou um Óscar? E o contrário?
Vá, faxabor de seguir o blog, gostar no facebook, comentar, e essas coisas todas que eu vou responder aos comentários em atraso, que a minha internet está melhor hoje.

domingo, fevereiro 26, 2012

Perguntas de Fim de Semana XLVIII

Aqui há coisa de 4/5 meses o meu bebé - leitor de MP3 - avariou-se.
Ia mandá-lo a arranjar e nada de garantia.
O papel eclipsou-se.
Anteontem resolvi abrir caça ao dito cujo, o que significa umas boas limpezas de primavera.
Entretanto, depois de já ter enchido dois sacos e meio de lixo, já encontrei:

  • 2 pares de luvas
  • 2 agendas por estrear
  • A minha caderneta de vacinas que nãovia há coisa de 3 anos (tive que tirar outra via)
  • O nº de telefone de uma pessoa que não sei quem é mas que dizia "importante" em baixo (devia ser mesmo)
  • Um livro de dedicatórias (vocês ainda vão ouvir falar... ou melhor, ler sobre ele) de há coisa de 12 anos
  • Um autógrafo do Nuno Norte (1º vencedor dos Ídolos)
  • O meu fato de super homem de quando tinha praí 8 anos
  • Um cachecol que não via há meses - O maravilhoso reencontro ;-;
  • Uma caixa cheia de acetatos por estrear
  • Um puzzle de 500 peças meio feito

E ainda nem vou a meio.
Sinto-me como o Indiana Jones no templo da caveira de Cristal, se bem que aqui há mais coisas soterradas e o espaço é menor.
E vocês?
Costumam perder muitas vezes coisas por casa?
Chegam a encontrá-las? Se sim, encontram-nas logo ou demoram muito tempo- tipo... cinco meses?
Vá, acendam uma velinha pelo meu MP3 e outra para que eu não desapareça pelo meio dos casacos.
Bom Fim de Semana.

sexta-feira, fevereiro 24, 2012

Tesourinhos culinários do Ricardo

Não sabeis o que comer caro leitor?
Estás com fome e queres comer uma refeição requintada e tipicamente italiana?
O Ricardo tem a solução para ti.
Antes de ler, liga a música tipicamente culinária:
Vamos aprender a fazer uma lasagna bolognesa de meio quilo (que eu quero que vocês se nutram como deve ser), que até parece saída de Itália.
Español: Un plato de lasaña.
Image via Wikipedia

Tudo o que vais precisar é:

  • Uma tábua de cortar.
  • Um martelo de cozinha.
  • Uma serra eléctrica, ou uma faca eléctrica, you choose.
  • Um microondas
  • Uma lasanha congelada, de um quilo.

Procedimento:
Cortem a lasagna, atenção, é só a lasagna, não são os dedos nem nada do género, e metam num prato. Usem o martelo para partir ao meio.
Levem ao microondas.
Comam.

XANAM! aí têm, um almoço elegante e simples, que toda a gente vai elogiar! mamma mia!
E pronto, agora vou tomar  os medicamentos, e quando fizerem efeito logo cá volto.

quinta-feira, fevereiro 23, 2012

Ricardo's Time Machine VII

Hoje não trouxe o tema por nenhuma razão em especial, lembrei-me.
Vou falar dos:


Um furby consistia num cruzamento entre um sapo, um coelho e um periquito (quer dizer, pelo menos sempre me pareceu isso) que respondia com voz robotizada, falava uma língua muito estranha, dançava, arrotava e peidava-se todo soltava gases.
Era literalmente só isto.

Nunca tive um nem nunca quis ter, mas a verdade é que a determinada altura os Furbies invadiram a minha vida de tal forma que seria impossível não os associar à minha infância.

Os Furbies apareceram no final dos 90's, aí por volta de 97/98, e eram uma espécie de “amiguinho imprevisível” - e provavelmente alien, ou mutante – para as criancinhas, e respondiam quando se falava com ele. Vinham em todas as cores do arco íris, tinham uma lâmpada LED na testa e uma colher para meter no bico, e acreditem em mim, era mais do que suficiente para toda a gente se por de volta de um exemplar como se aquilo fosse a maior maravilha do universo da robótica.
Ora, juntando à equação o facto de estarmos nos 90's e de as crianças serem todas por norma ligeiramente imbecis (independentemente da época), o Furby foi um sucesso de vendas total.

Era um brinquedo mais direccionado para as meninas – embora um ou outro rapazinho tivessem um (embora agora provavelmente neguem a pés juntos, para não serem gozados até à morte) – e era vê-las todas com os seus instintos maternais a fazer festinhas ao Furby e a ver se ele tinha febre – acho que já estou a inventar, porque não me lembro de a febre vir incluída – ou fome.
Era o mesmo que ter um nenuco com pêlos e a pilhas.

Ora, teoricamente era uma ideia inovadora ter um pequenino amigo electrónico, se não fosse o pequenino detalhe dos furbies serem completamente perturbadores.

Eram as vozes estranhas e nasaladas, as convulsões que tinham quando deviam “dançar” ou “ter cócegas” e o pormenor de de vez em quando se ligarem sozinhos e começarem a falar de forma completamente aleatória, o que era interessante, porque se estivessem dois perto um do outro, começavam a “conversar” até a pilha acabar ou algum dos adultos que vivesse em casa se suicidar com um tiro na cabeça.
Sei que eles tinham uma função que na teoria tinha tudo para ser gira e até enternecedora, que era cantarem em coro, mas quando em execução a mim parecia mais um coro satânico que outra coisa.
Tive uma amiguinha – ligeiramente maluca – que tinha dois ou três furbies – cada um com um nome diferente – espalhados pela casa, e enquanto eu lá estava apanhava sempre grandes cagaços , porque eles se ligavam sempre que eu ficava sozinho num e começavam a rir histericamente do nada.
Ou então desatavam a dizer palavras extremamente complexas estilo “Blobiduguijulaaaaa!” ou “Junquaaaaaaaami” enquanto vibravam em cima de uma qualquer cómoda.

E vocês leitores e leitoras?
Tiveram algum Furby?
Também os achavam perturbadores, como eu?
Vá, toca a ler comentar subscrever, e votar no questionário acima da zona de posts!
PS: Não tenho conseguido responder estes ultimos dias aos vossos comentários, porque a minha internet anda um pesadelo. 
Peço desculpa =<

quarta-feira, fevereiro 22, 2012

Hoje não há post...

Quer dizer... tecnicamente este é um post, mas é só para vos pedir para participarem na votação que pus hoje em vigor em cima da zona de postagens.
Vou deixar os comentários activos por agora para se quiserem acrescentar alguma rede social que não conste. se não for preciso, fecho neste post em específico.

Se querem ler alguma coisa, façam a experiência e tentem

terça-feira, fevereiro 21, 2012

A vida real é como o secundário, mas com menos borbulhas

A minha experiência no highschool, vulgo ensino secundário, foi bastante positiva.
Não me dava bem com toda a gente – Aindahoje não dou – , mas guardo saudades de muitas coisas e ainda estou em contacto com os meus amigos da altura.
Enquanto andava em limpezas no computador encontrei um trabalho de inglês sobre os grupos sociais – Funny story, sem saber, acabei por fazer parte do trabalho de outra turma na ala dos geeks/ratinhos de biblioteca, tudo documentado em fotos, o que foi completamente fantástico. – que foi um desastre – ataque de riso gigantesco a meio da apresentação – e lembrei-me.


Os grupinhos estiveram lá.
Os desportistas, os nerds informáticos, os metaleiros, os artísticos, as cabras – oh yeah, I said it –, uma infinidade de grupos de adolescentes que surpreendentemente “não acreditam em rótulos”
Quando andamos por lá, pensamos sempre que não passa duma situação “temporária”.
Afinal, é impossível que o “mundo real” seja tão rotulado e particionado como só a escola secundária consegue... certo?

Alimenta-se aquela esperança fantástica de que não passa de uma etapa, de que na universidade, no mundo do trabalho e em todas as outras etapas todas as pessoas se comportam de maneira muito diferente, não há índice de popularidade, e os grupos se eclipsam e de que vamos mudar o mundo com a nossa maravilhosa força de vontade...
Pois...
Acerca disso...
Tretas

Claro, podemos conservar aquela confortável ideia em mente de que se nos encontrarmos todos daqui a 10 ou 15 anos, os desportistas vão estar barrigudos e carecas, os nerds vão estar podres de ricos, as gordas passaram a elegantes e as vacas passaram a lontras... e até é possível que isso tudo aconteça, mas a vida real não vai ser terrivelmente diferente do secundário..

Os grupos vão continuar lá.
Nunca deixam de lá estar efectivamente, mas já não são aquelas coisas ridiculamente óbvias de que precisamos quando andamos com as hormonas em revolução, estilo emos, desportistas ou aspirantes a cantores (sempre irremediavelmente falhados).
E pelo meio desses grupos continuam sempre a haver os populares e os zeros à esquerda.
E os segundos vão continuar eternamente a ter raiva aos segundos, afirmando que a popularidade é uma imbecilidade, só porque não a conseguem alcançar.
As raparigas com as mamas maiores e os rapazes mais giros vão continuar a ter a vida ligeiramente mais facilitada.
As pessoas boas continuam a lixar-se com mais facilidade do que as que se aproveitam dos outros.
Em qualquer ocasião que envolva um trabalho conjunto, há sempre alguém que faz mais que os outros.
Os betinhos têm uma vida mais fácil porque continuam a ter dinheiro.
Em vez de dar graxa aos professores, os lambe botas viram-se para os chefes.
Continuamos a ter que levar com pessoas de que não gostamos. Na vida real não podemos só trabalhar e lidar com quem queremos.
As pessoas vão continuar a fazer comentários sobre ti, e tu sobre as outras pessoas, sem se conhecerem, a má língua não morre na adolescência.

Vendo as coisas pela positiva, não vais ter que fazer o pino ou tomar banho em balneários partilhados durante o resto da tua vida.... a não ser que vás para o ginásio.para obter resultados.

E vocês?
Como foi (ou está a ser) a vossa experiência no secundário?
Notaram (notam) muito os grupos?
Havia algum em particular que detestassem?
Se tivessem que se categorizar na altura do secundário, que rótulo escolhiam? (Moi? nerd completo.)
Concordam, discordam? Vá, toca a ler comentar subscrever, yada yada yada.

segunda-feira, fevereiro 20, 2012

Namoro na segunda pessoa

Enquanto amigos, nós namoramos na segunda pessoa.
É um conceito muito simples, o J arranja uma namorada, a E.
Ele é que está interessado nela, partilha ou não gostos e tem ou não ambições de um futuro com ela.
Mas a verdade é que nós, os amigos, acabamos por ter que interagir com ela por arrasto.
Acabamos portanto envolvidos com uma pessoa, sem estarmos efectivamente envolvidos – tal como a E acaba por ter que ser nossa amiga na segunda pessoa.
E a verdade é que se namoramos na segunda pessoa, acabamos na segunda pessoa.
Dependendo do tipo de break up mais ou menos violento que os nossos amigos tenham com os respectivos, nós afastamo-nos deles tanto quanto os amigos se afastam.
Acho que é uma espécie de código de honra subentendido, ou de empatia por osmose, sei lá.
Aliás, acontece o mesmo no inverso, se a separação não for pacífica também não nos vamos dar com os amigos dos Ex, porque ficaria tudo nos limites entre o perturbador e o constrangedor.

Por exemplo, eu tenho uma amiga, a L.
A L teve quatro namorados nos últimos 5 anos – aproximadamente.
Sábado quando fui tomar café com ela, ela referiu um dos namorados e ocorreu-me que não sabia noticias do rapaz desde o dia que ela decidiu por o ponto final no namoro.
… De facto, não sei de absolutamente nada sobre qualquer um dos quatro rapazes com quem ela namorou, nem me interessa particularmente.
Não que tenha ficado chateado com algum deles, mas a verdade é que não eram meus amigos inicialmente, e voltando à estaca zero, sem a imposição da sua presença, não chegaram nunca a sê-lo.

O que me leva a um outro aspecto das relações amigos-namorados-ex.
Enquanto amigos, independentemente do tipo de amizade que se tenha com uma pessoa – não o grau, mas o tipo, é diferente – há ainda uma regra de ouro no que toca a relacionamentos amorosos:
Nunca, sob circunstância alguma, nos devemos envolver com o/a ex de um amigo/a.
Não me lembro precisamente de quando ouvi isto pela primeira vez, nem de quem me disse, mas a ideia afundou mais depressa que uma âncora lançada duma janela.
E a verdade é que sempre que vi alguém quebrar essa regra a coisa descambou completamente, o que até faz um certo sentido.
É territorial.
É como ir a um restaurante.
Pedimos um bife e batatas fritas.
Se não acabarmos as batatas não nos vão ao prato. 
É off limits
.. E uma tremenda falta de educação.

E vocês?
Acreditam no namoro na segunda pessoa?
Falam com algum amigo de um/a ex?
E a regra dos exs?
Seguem-na? Alguma vez a quebraram? se sim, correu mal?
VÁ, toca a ler, comentar, subscrever , ir ao facebook, ao twitter e essas coisas todas.

domingo, fevereiro 19, 2012

Perguntas de Fim de Semana XLVII

As pessoas são muito territoriais?
Se sim, em que aspecto?
Para a semana percebem o porquê da pergunta.
Só porque ouvi este álbum um milhão de vezes desde que saiu, em 2008. 
Oiçam Sara Tavares comigo.
Bom fim de semana.

sábado, fevereiro 18, 2012

O Portogêz não existe

As pessoas estão cada vez com uma menor capacidade de concentração, e o apelo de ler alguma coisa com mais de 100 páginas e sem desenhos ao meio perde-se a cada dia que passa – Uma pessoa como eu que goste de ler 6/7 livrinhos por mês é cada vez mais excepção.
Querem-se coisas rápidas, que entrem com facilidade pelo cérebro.
As palavras poupam-se mais do que o dinheiro, abrevia-se nos sms, usam-se smiles nos msn e até os tweets têm limites de caracteres.
De tanto abreviar, evoluiu-se para toda uma epidemia de erros que me dão arrepios na espinha... ou serão arrepius? Já nem sei.
Como tal fiz um pequeno guia para as pessoas que me poluem as redes sociais todas com eles, e peço a vós meus queridos leitores, passem a palavra:

Não se escreve como se lê – Pode parecer complicado encaixar, mas é aqui que residem 90% dos problemas ortográficos do Portugal jovem (e não só). Esquecem-se os princípios básicos de que não existe “voçês” ou “vossês”, que soam imenso como “vocês”… tal como “ouvio” parece “ouviu”... mas não é. aprendem-se essas coisas na segunda classe mais coisa menos coisa, e acho boa ideia que se conservem.
Os espaços são nossos amigos – Oh sim, os espaços em branco têm a sua razão de ser. Transformam agente n'a gente e por aí adiante. Eu sei que pode parecer imbecil que alguém não siga esta regra tão básica mas...muita gente nem quer saber.
Os tracinhos e as letras duplicadas existem para ser usados – Parecendo que não, “soubese” não existe, e não se percebe o que se quer dizer com isso. Soube-se ou soubesse?

E pudia comtinoar a noite toda, mas o mau portugês dáme Orticárias e tenho qe ir çair.
Até amanhã.
E digam na comment Box os erros ortográficos que vos dão cabo do miolo ;)

sexta-feira, fevereiro 17, 2012

Vou processar os astrólogos, tarólogos e afins

Porquê?
Porque me andam a burlar há coisa de dois anos e meio.
Uma pessoa liga a Televisão e dá de caras com as senhoras dos baralhos mágicos de tarot que ditam a sorte, e os senhores com os mapas astrológicos feitos ao telefone, e dão sempre previsões fantásticas para os leoninos como eu.
"Ah e tal, se é leão, este ano é o seu ano, vai ter muita sorte em tudo e mais alguma coisa, só tem é que comer menos nabiça e lavar o cabelo com óleo de fígado de bacalhau"
Pois bem, não como nabiça e lavo o cabelo (com champô da Linic for men).
E não vejo resultados!

Diziam que hoje ia ter um dia muito bom e fantástico na revista Maria -que eu li algures numa caixa de pingo doce à espera de ser atendido - que como toda a gente sabe é uma publicação respeitada e de fiável informação, e que tinha propensão a ganhar dinheiro.
Para além de não estar milionário e famoso, queimei a mão com água a ferver a encher o saco de água quente.
ONDE É QUE PÁRA O GOVERNO?
É uma pouca vergonha!
Algum adevogado se oferece para me representar nesta nobre causa?
500.000 euros é uma boa indmenização?

E é só isto. 
Alguma vez se concretizou uma previsão astrológica, minhas queridas alachofras?

quinta-feira, fevereiro 16, 2012

Ricardo's Time Machine VI

Quando perguntávamos aos nossos pais se podíamos ter um cão ou um gato, o discurso que se fazia ouvir era invariavelmente o da responsabilidade. “ter um animal de estimação requer responsabilidade e tens que lhe dar de comer, e dar banho, e ir passear e assim, não são só brincadeiras no parque. Depois a mãe e o pai é que acabam a tomar conta dele”.e uma maneira fantástica que surgiu nos 90's de contornar toda essa conversa, foram os:


Eu sei que a ideia daquilo era bonita e construtiva, dar-nos um animal de estimação virtual/filhote (sim, que haviam os tamagotchis com bebés humanos) para as mãos.
Tamagotchi
Tamagotchi (imagem daqui: stopsign)
Queriam que tivéssemos mais a noção de como prestar atenção ás coisas e a melhor maneira de o conseguir era – alegadamente – através de um bonequinho em 8 bits.

E talvez até resultasse na teoria, mas o bonito fica-se por aí.
Porquê?
Para quem nunca mexeu num tamagotchi, eu explico como aquilo funcionava.
Quando se ligava o tamagotchi havia um ovo. Era sempre um ovo, quer saisse de lá uma galinha ou um elefante. O ovo chocava e tínhamos uma boa muito estranha que era alegadamente o nosso bebé.
E aquilo funcionava efectivamente como um bebé, muito, muito, muito chato. Como? Dizem vocês? Havia no mínimo 3 botões com as funções básicas, comer, banho, dormir.
E o raio do tamagotchi apitava cada vez que o bichinho queria alguma coisa, o que era sempre nas melhores alturas, e a toda a hora. E não era um apitozinho baixinho e suportável, era estilo mini despertador que ficava a apitar durante um bom tempo até alguém dar um hamburguês a fingir, ou uma sanita ao bicharoco.
Se não lhe satisfizéssemos os pedidos ele morria. Era um bocadinho deprimente ver o bicho ali com cruzes em cima dos olhos e a boiar até alguém carregar no “reset” e poder substituir o falecido por outro igual.

Eu tive aproximadamente 10 tamagotchis e escusado será dizer que morreram todos vezes sem conta, antes de se avariarem ou perderem no buraco negro que era o meu armário.
Oh yeah, infanticídio FTW.
Claro que havia sempre um coleguinha qualquer que conseguia que o tamagotchi crescesse e durasse meses, fazendo com que todos nós jovens pais negligentes nos sentíssemos um lixo com o genocídio digital que causámos anteriormente.

Mesmo sendo irritantes, e mesmo que quase ninguém conseguisse mantê-los vivos por mais de duas semanas consecutivas, os tamagotchis eram bastante populares.
A minha mãe trabalhava numa papelaria que vendia bugigangas dessas, por isso tive uma montanha deles, de todas as cores e feitios, todos com o triste destino que já conhecem.
Houveram umas quantas versões que eram basicamente todas iguais umas às outras, tirando o tamagotchi oficial dos pokemons que era uma pokebola com um ecrã e um pikachu lá espetado no meio.
Não me lembro concretamente como é que eles apareceram em Portugal, nem como se passou a palavra tão depressa, mas o facto é que de um dia para o outro toda a gente – pró menino e prá menina – tinha um tamagotchi.
Claro, quase tão rapidamente como se espalhou o furor, dissipou-se.
Acho que devem ter feito uma petição para acabarmos com os maus tratos infantis virtuais ou assim.

E vocês?
Chegaram a ter algum tamagotchi?
Matavam-nos todos como eu?
Vá, toca a ler, comentar, subscrever e partilhar ;P

terça-feira, fevereiro 14, 2012

Dia de S. Valentim, um apelo ao corte de pulsos. (inclui uma super mega hiper deprimente playlist)

Hoje a senhora do escritório de contabilidade dos meus pais disse-me "olhe, não se esqueça da sua namorada, sim?" E passado todo aquele pequeno momento constrangedor de que a conversa que estávamos a ter não ter absolutamente nada a ver com isso, lembrei me que dia é hoje.
"pfff! claro que não me esqueço da minha namorada imaginária" disse eu muito feliz e sorridente enquanto também imaginariamente ia à tromba da mulher com espancando-a com o agrafador que estava em cima da secretária.
Não que me incomode muito não estar numa relação. Nunca penso nisso até chegar a este fatídico dia 14 de Fevereiro, que não só me alerta para os perigos da disfunção eréctil 8caso não saibam hoje é dia mundial disso), como faz o favor de subliminarmente me indicar que é uma vergonha estar encalhado... se bem que a pior parte disso é não receber chocolates, porque agora comia duas ou três caixas, easy peasy.
Efectivamente, o momento mais romântico que vou ter hoje à noite vai ser quando comer um pudim boca doce de morango enquanto vejo  uma série enrolado no meu snuggie, com um barrete com renas na cabeça.

Enquanto sentia pena de mim mesmo por não ter uma caixa de milka para comer (eu ia dizer abocanhar, mas apercebi-me a tempo de que soaria mal) decidi que como prenda de dia de São valentim este ano, vos deixo aquelas canções motivadoras e nadinhas deprimentes, perfeitamente indicadas para se ouvir no dito "dia do romance". E são 14 porque hoje é dia14 e apeteceu-me.
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segunda-feira, fevereiro 13, 2012

Eu não sou pró gay*


Fala-se muito dos preconceitos, especialmente no que toca a sexualidade.
Gays, lésbicas transgéneres e bissexuais são um assunto recorrente nos telejornais, no mais diverso tipo de estudos e estatísticas, e reportagens sensacionalistas a apelar para o lado sentimental da audiência.
É tudo muito bonito e politicamente correcto quando se lêem aqueles chavões mundialmente conhecidos do “todos diferentes todos iguais” muito estilo campanha da Benetton, e andamos a saltitar entre dois extremos.
Ou uma pessoa é pró Gay, e acha tudo uma coisa muito maravilhosa e de muita coragem , ou uma pessoa é contra e é homofóbica e acha tudo muito contra-natura e acha que (citando) “deviam ser todos fuzilados”.

É um bocado como se nos fosse imposto associarmo-nos a um partido, para podermos opinar quanto a quem dorme com quem, uma pequenina amostra de que o termo “aldeia global” de que tanta gente se orgulha, não traz só o melhor de uma aldeia, arrasta também a tão típica coscuvilhice.

E a frase que sempre me ocorre sempre que levo com alguma espécie de debate do género é:
“Why the fuck should I give a fuck about who you want to fuck?” (é propositadamente em Inglês, em português perde um bocado o sentido).

Porque passa um bocadinho por aí.
Para começar, o que é que altera a minha vida se a minha vizinha do lado tiver uma namorada em vez de um namorado? Nada, que eu saiba (a não ser que eu tivesse um fetiche por lésbicas, mas isso são contas de outro rosário).
Então, qual é a conversa?

Não é uma questão de respeitar uma escolha – que realmente é um óptimo argumento, porque é exactamente o mesmo que ir ao restaurante pedir salada e depois apetecer antes comer borrego, excepto que é totalmente diferente –Porque falando à cientista, é uma predisposição genética.
E uma característica genética não é uma coisa apta a ser debatida, está lá, pronto.

É a mesma coisa que agora começarmos a tratar melhor as pessoas com olhos castanhos por ser a cor de olhos mais comum no mundo.
Se virmos bem, há anos que se debate o casamento entre pessoas do mesmo sexo, bem como adopções no mesmo molde, e pelo meu ponto de vista, é uma autêntica perda de tempo, afinal nunca ninguém falou em proibir todas as pessoas com olhos verdes de se casarem entre si, porque representam apenas 1 a 2% da população mundial.
E porque não?
Porque é ridículo.

E isto agora podia levar a muitas considerações bonitas de como eu vejo as pessoas diferentes como melhores e mais corajosas porque enfrentam os preconceitos todos os dias e todas aquelas balelas, mas são exactamente todas essas considerações exageradas (tanto negativa como positivamente) que fazem com que as pessoas tenham tanta dificuldade em ver como banal uma coisa que no fundo o é... talvez por isso não seja pró gay... nem contra.

*Requer a leitura completa, não me saltem já pró pescoço antes de ler tudo.
E vocês?
Concordam, discordam?
Deixo a caixinha de comentários ao vosso dispor.
Vá, toca a ler, subscrever, comentar, e se gostarem, partilhem com os botõezinhos em baixo do post.
Boa semana!

domingo, fevereiro 12, 2012

Perguntas de Fim de Semana XLVI

Vingança é... (completem a frase)
Já alguma vez se vingaram de alguém? porquê(se não for nada demasiado privado, claro)?
Até onde estariam dispostos a ir para vingar alguém importante?
Descrevam a vingança perfeita, surpreendam-me.


para saberem o que eu penso de vingança, vão a este post velhinho, aqui.
Bom fim de semana!

sábado, fevereiro 11, 2012

A vida é uma batalha de percepções

As pessoas apenas vêm aquilo que estão preparadas para enfrentar.
Não é o que está efectivamente lá que importa, mas o que se vê.
E há efectivamente muita gente que não sabe, ou pior, que não quer ver, sem preparação para enfrentar qualquer tipo de hipótese a não ser aquela que formulam no seu universo limitado.
São sabichões, prepotentes, mesquinhos, e geralmente infelizes, e escondem-se atrás do eterno argumento da inexistência de verdades absolutas. 
Um mundo a preto e branco.
E irritam-me, mesmo sabendo que não é só mal formação, uma condição espiritual ou uma questão de alheamento social, é mesmo uma questão de carácter, e por muito que se tente, essas pessoas não mudam.

Não vivemos num mundo a preto e branco, sendo o preto o errado e o branco o certo.
Os cinzentos estão em quase todas as nossas acções, e o bom e o mau não são um sistema confiável por ser demasiado linear.
É uma questão de percepções, e todos as temos diferentes. Uns mais diferentes que outros, mas num geral não vemos todos o mundo na mesma palette de cores.
Não gosto quando me tentam impor percepções com as quais não concordo.
Não gosto de quando preferem fazê-lo a tentar partilhá-las e tentar chegar a um meio termo. uma concordância de ideias, mesmo que não total.

Infelizmente, há quem veja a vida como uma guerra de verdades... e quando as diferentes verdades batalham umas com as outras, o conceito de verdade acaba irremediavelmente por se perder, pelo meio da intransigência.

Para mim a vida é mesmo uma batalha de percepções, uma batalha que perdemos se não tivermos a capacidade de ver.

E vocês?
Acham que há demasiadas verdades absolutas?
Como lidam com pessoas intransigentes?
E com pessoas sem grande percepção sobre si mesmas?
Vá, toca a ler, subscrever, comentar e assim.
Bom fim de semana.

quinta-feira, fevereiro 09, 2012

Ricardo's Time Machine V


Hoje vamos falar de 5 adolescentes em maillot, um careca cabeçudo e um aspirador falante.
Não adivinharam do que estou a falar?

Power rangers

Agora que penso nisto, diz-se que estamos a ficar todos mais tolerantes e tal, mas antigamente não havia tanta distinção entre os bonecos animados de menino e os de menina, nós papávamos praticamente tudo o que mexesse na TV como se não houvesse amanhã, sem grandes distinções.
Os power rangers não foram a excepção.

A história é muito simples, uma bruxa do espaço queria destruir a terra, fez uma base qualquer na lua, e então o seu arqui inimigo, o zordon (uma cabeça gigante careca) convocou uns adolescentes (Deveriam ser adolescentes, mas nenhum deles me parece ter menos de 20 anos na altura da série) e deu-lhes uns “transmorfadores” (não inventei o termo, era o que lhes chamavam) mágicos que os transformavam em guerreiros mascarados de maillot justo e capacetes gigantes, os fantásticos power rangers.

Podia aqui pregar-vos uma grande mentira e dizer que me lembro fanaticamente de todos os episódios tintim por tintim, e que sei como é que acabou a história (também não é preciso pensar muito no assunto), mas os episódios consistiam todos no mesmo. Basicamente todos os episódios a bruxa má, a Rita Repulsa, mandava um... monstro (alien, ou lá o que era) atacar a cidade de Angel Grove, eles davam-lhe tiros por um bocado, e andavam a dançaricar com ele, até ele se tornar gigante e os power rangers terem de invocar os seus megazords, que se encaixavam de mais maneira do que as existentes no kamasutra (a sério, aquilo era uma rebaldaria. Chegavam a juntar-se 7 robots de cada vez). E formavam o ultrazord e o megazord e superultra megazord, e todos aqueles robots que faziam qualquer rapazinho querer entrar no ecrã.

Posso não me lembrar da história toda, mas sinto efectivamente um bocadinho de saudades da faceta educacional dos power rangers. É uma coisa de que ainda me lembro relativamente bem na série, eram os pequenos conselhos e lições de moral que os actores deixavam no fim dos episódios (coisa típica nas séries infantis dos inícios dos 90s). Se por 20 minutos seguidos davam cabo do canastro à escumalha extraterreste, no fim do dia tinham sempre algum sábio conselho para nos dar, do género “não andes à pancada com os teus amiguinhos” ou “não brinques com facas”qualquer outra coisa que os pais aprovassem.

Vendo em retrospectiva não eram tão fantásticos quanto isso, as lutas eram demasiado coreografadas e os inimigos usavam quase todos fatos de borracha, para além de em todos os episódios os monstros gigantes espezinharem uns quantos arranha céus, e no episódio seguinte estar tudo reconstruído, e aparentemente ninguém se lembrar disso.
O que não nos impedia lá na escolinha de brincarmos grande parte dos recreios aos power rangers. toda a gente via os power rangers. Era uma coisa muito moderna, cheia de efeitos especiais, e lutas e luzes e monstros, não esquecer que estávamos nos 90s e animação digital era mentira.
Eu queria sempre ser o ranger azul (pensando bem sobre isso, acho que era um presságio para me avisar de que ia usar óculos num futuro próximo), e as meninas queriam todas ser a ranger cor de rosa, e andávamos pelas ruas com pistolas de plástico a fingir que estávamos a salvar o universo dos aliens malvados.

E vocês?
Viam os power rangers?
Chegaram a sofrer daquela praga dos artigos dos power rangers (pijamas, tshirts, cuecas, lancheiras, whatever)?
Vá, toca a ler, subscrever, comentar, fazer gosto no facebook, e por aí a fora. vou responder agora aos comentários em atraso.

quarta-feira, fevereiro 08, 2012

A erecção involuntária, where not to.

Oh, sim, é a sério.
Acreditem em mim caras leitoras – que eu espero nunca terem passado por tal coisa, os leitores já devem saber –, poucas coisas são tão embaraçosas como ficar de “tenda armada” num local público e involuntariamente.
Desde cedo que todo e qualquer elemento do sexo masculino corre o risco de ser alvo de uma erecção involuntária. E o risco não diminui com a idade.
As long as it's working, it can happen.

E se por um lado pode ser visto como uma coisa boa, na medida em que nos mostra que sim, a genitália funciona como deve ser, por outro é uma das melhores maneiras de nos matar de vergonha.
Porque o zézinho não quer ficar escondido e prefere mostrar toda a sua majestade, ficamos sempre com aquele (des)agradável volume nas calças independentemente das “arrumações” que se façam, e absolutamente toda a gente vai olhar para lá com um ar de gozo ou de choque.
E há sempre aquelas desculpas esfarrapadas que nos vemos obrigados a dar “é a braguilha que tem um fecho muito saliente” - really? - “as calças são muito largas e faz volume” “ah, tenho um telemóvel no bolso”, seguidas de um sorrisinho amarelo, que nos fazem ligeiramente mais pervertidos do que efectivamente somos.
E se me perguntassem as piores ocasiões para ter uma E.I.*, acho que a lista era esta (não nesta ordem):

Durante uma palestra/apresentação de trabalho/coisa do género : Todos os olhos vão passar do retroprojector para o fecho zipper. E não duma maneira simpática. Depois disso conseguir concentrar a atenção no que se está a dizer é praticamente difícil e vai descambar de certeza em bacorada.
Na praia: I get it. Corpos semi nus. Muitas brincadeiras de contacto físico latente e a bela da passagem do creme podem ser... interessantes, mas uns calções de banho são literalmente a pior peça de roupa para esconder a torre de pizza. E a única solução possível depois disso é ficar deitado na toalha de barriga para baixo á espera que o sangue circule. Para além de ser possível ganhar alguma alcunha tipo “o tarado da praia” ou assim.
Numa entrevista de emprego: Estamos a falar de causar uma boa impressão. A não ser que seja para uma companhia de filmes pornográficos, não estou a ver como é que isso é possível com “uma lanterna no bolso”. E já agora, isso não conta como “capacidade adquirida” para por no currículo.
Num primeiro encontro: Tenho mesmo de explicar esta?
Num funeral: Há milhentas razões para ser o pior sítio de todos, mas a que me ocorre sem ter sequer que pestanejar para pensar, é o facto de haver um corpo morto algures nas imediações.
Estar a esconder o volume nas calças enquanto se reza a missa pelo falecido/a não é de todo uma experiência recomendável.

*acreditem, já falei de coisas muito mais estranhas que isso.
Agora deixo os comentários por vossa conta, não tenho pergunta nenhuma em mente, e estou a rir-me imenso por ter ficado meia hora a escrever um post sobre erecções involuntárias.
Já estava com falta de um post a aparvalhar.
Vou responder aos vossos comentários em atraso hoje ou amanhã. prometo.

segunda-feira, fevereiro 06, 2012

Os pais Não conhecem os filhos?

Comecemos pelo básico.
Eu dou-me bem com os meus pais, e gosto muito deles.
Não tenho problemas em partilhar coisas com eles, e em conversar sobre coisas que ache sérias na minha vida... mas os meus pais não sabem tudo o que se passa/passou na minha vida, e acho muito bem que não saibam.

Há uns 3 anos atrás li uma sondagem que fizeram numa escola. Consistia numa série de perguntas sobre a vida sexual dos jovens da zona. Fizeram as perguntas aos jovens e aos pais, e escusado será dizer que a quase totalidade dos pais inquiridos falhou redondamente nas respostas que deu, quando comparando com as respostas dos filhos.
E inacreditavelmente estava toda a gente surpreendida com o resultado e a dizer que “os pais não conhecem os filhos que têm”, e que era um caso de isolamento de gerações e por aí fora.
E foi para mim um exagero brutal.
Não percebi muito bem porquê, mas cada vez mais se passa a ideia de que os nossos pais são os nossos melhores amigos e confidentes absolutos, e que lhes devemos vomitar em cima todo e qualquer pedaço de informação mais ou menos relevante que se passe nas nossas vidas.
Por muito bonito e politicamente correcto que este discurso seja, e por muito verdade seja que ter os pais como amigos é muito bom, e eu acho toda essa conversa literalmente risível na prática.
Isso é uma hipocrisia do caraças.
Não se trata duma questão de confiança, ou de respeito, ou do que quer que seja.
É uma questão de bom senso.
Ninguém conta tudo aos pais.

Não é preciso eu devassar a minha intimidade para que os meus pais se sintam integrados na minha vida. Aliás, até é boa ideia manter essa mesma intimidade, digo eu.
Querem uma prova?
Levante a mão quem foi dizer aos pais quando experimentou pela primeira vez substâncias ilícitas.
E quem mostrou aos pais fotografias picantes que tirou em momentos íntimos.
E já agora, quem falou aos pais dos fetiches que tem por latex.
E acham mesmo que os vossos pais querem sabe toda a gente com quem já foram ou quiseram ir para a cama?
… Pois!
Para além do mais, por muito bem que nos demos com a entidade parental, eles não são amigos “normais”. Não podemos ter as mesmas brincadeiras que temos com os amigos “normais”, nem temos a mesma liberdade para responder torto.

E seria mais estranho se tivessemos essa liberdade, porque isso significaria falta de respeito, acho eu.

E vocês?
Acreditam no conceito de pai ou mãe melhor amigo?
Não acham que os limites impostos pelo parentesco impossibilitam isso?
Contam tudo aos vossos pais?
Acham isso saudável?
Comentem, leiam e subscrevam!

sábado, fevereiro 04, 2012

O Ricardo e o Além

Nos sábados da SIC costuma dar um programa que mete mediuns ao barulho, em busca da verdade escondida em casos mediáticos. E se querem que vos diga, é hora e meia que queimo todas as semanas a ver dois ingleses de meia idade a dar para o parolinho com a Rita Ferro Rodrigues a fazer o papel de "céptica convertida" enquanto eles "desvendam" coisas que no fim de contas nunca trazem absolutamente nada de novo aos casos.


Ora como devem ter percebido, não sou propriamente crédulo no que toca a estas pessoas "dotadas" de capacidades extraordinárias para comunicar com os espíritos - parte do gozo de ver o programa está justamente em ficar maior parte do mesmo a criticar tudo. -
Acho imbecil a ideia de haverem fantasmas a rondarem nos, só porque não têm nada melhor para fazer na pós vida, e o paraíso e o inferno nunca me convenceram, mas já por umas quantas vezes me questionei se não existirá mesmo um além, ou uma outra vida (espiritual) ou até reencarnações.

E vocês?
Acreditam em médiuns, videntes, pessoas "paranormais", ou não passa tudo de um esquema?
Acham que existe vida depois da morte?
Vá, respondam ás perguntinhas.
Bom fim de semana.
(Isto era para ser uma pergunta de fim de semana, porque é tecnicamente isso, mas tem mais texto por isso não é.)

quinta-feira, fevereiro 02, 2012

Ricardo's Time Machine IV

Hoje estava a arrumar umas caixas, e deparei-me com uma mão cheia deles.
redondos, com bonecos,de plástico ou de cartão, tive-os às dezenas.
Sim, estou a falar dos:
Tazos
Quem é que não se lembra deles?
Das muitas bugigangas que preencheram gavetas e gavetas da minha criancice (e da minha casa, literalmente), os tazos são ocupantes de um dos primeiros lugares.
Eram coloridos, tinham desenhos, eram pequeninos e toda a gente os tinha.
Enfâse em TODA a gente.
Os meus resistentes
Era a febre da altura (dos falecidos 90s), e tenho a sensação que se criou uma grande fornada de pequenas lontras que se empazinavam em batatas fritas à custa dos tazos... Eu incluído.  
Houve imensas colecções por cá. Tazos dos pokemons, dos power rangers, dos looney tunes e de uma penca deles (a dada altura as empresas de cromos começaram a comercializar carteirinhas de tazos de colecções próprias, embora os da matutano tenham sido mais famosos) que pareciam todos muito mais interessantes do que efectivamente eram.

Lembro-me de que havia tazos normais, os super/mega/qualquer coisa tazos (que eram uma rodelonas de plástico super grosso, que nem sempre saíam nas batatas) e mais tarde apareceram os tazos voadores - que se encaixavam uns nos outros e tal. Era basicamente tudo a mesma trenta, mas alegadamente uns tinham mais "valor que outros" e "mais potência" - dizia-se por essas palavras.
Punhamo-nos em filinhas, como se estivéssemos a presenciar algum ritual deveras importante, e organizavamos esporadicamente jogos (Eu não me arriscava sempre a jogar, porque tinha uma maravilhosa pontaria.) E tentávamos derrubar as torres de tazos, enquanto ficávamos muito admirados quando algum coleguinha conseguia virar uma mão cheia deles - o que significava que passavam a ser dele.

Nessa altura, fazíamos fila nos supermercados para comprar as batatas da matutano e ganhar os tazos mais "raros", e depois ocupar o recreio a trocar tazos, e a tentar amarfanhar os tazos uns dos outros. Como era complicado andar com as famosas rodelinhas à solta na mochila, algum génio do marketing inventou os porta tazos. eram basicamente tubos de plástico - ou seriam de cartão? não tenho a certeza - próprios para o transporte dos nossos tazzos, sem o risco de se riscarem ou perderem, e por aproximadamente duzentos paus (1 euro hoje em dia) conseguíamos um porta tazos oficial.
Mais tarde foram aparecendo outros acessórios mas não os cheguei a comprar.

Sei que cheguei a ter mais de cem (tazos, não quilos.... se bem que à velocidade que eu papava aquelas batatas todas também podia ter lá chegado), e que um dos meus pequenos prazeres da altura era tirá-los da caixinha, e espalhá-los na cama como se fossem moedinhas, para olhar para eles. 
Eram o meu pequeno tesouro (isto soou bastante à senhor dos Anéis, I know).


E vocês?
Chegaram a ter Tazos?
Ainda têm algum?
Já sabem, leiam, comentem, subscrevam e se quiserem, sugiram coisas aqui para a time machine!

quarta-feira, fevereiro 01, 2012

Constatações do óbvio (irritantes como tudo)

Hoje ligo a TV no telejornal, e deparo-me com uma mão cheia de Jornalistas pelas estações de comboios e autocarros de Portugal, a perguntar aos utentes
"E você, o que pensa dos aumentos nos preços dos transportes públicos?"
Quer dizer...
Estão à espera do quê?
Que alguém com um grande sorriso diga "sim, agora já posso gastar mais dinheiro a fazer exactamente o mesmo trajecto rodeado de pessoas que como eu não têm dinheiro para pagar a gasolina"?
Alguém me explica a lógica de irem pergunta isso?
Não é um bocadinho óbvio que ninguém está contente por desembolsar mais 20 euros por um passe?
ás vezes não consigo entender a direcção de informação dos (tele)jornais, que fazem de tudo notícia, um bocadinho como ir entrevistar a senhora que é vizinha da irmã da velha de 80 anos encontrada dentro de casa morta por toda a gente se estar literalmente a cagar para ela.
Introduz algum elemento noticioso à vida de uma pessoa?
Não.
É interessante?
Não.
Pelo menos serve para encher chouriços.
Haja paciência.

E vocês?
De que perguntas óbvias já foram alvo?
Vá, pode ser que ainda poste qualquer coisa de jeito à noite, mas não faço promessas.
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