quarta-feira, novembro 28, 2012

Quando eu for grande

Para quem não segue o facebook do blog, estou há 3/4 dias sem computador.
Como não gosto muito de escrever textos longos via tablet, tenho-me remetido ao desgraçado silêncio cibernético. O que para um tagarela crónico é, pardon my french um tédio de morte.

Quando eu era pequenino, perguntavam-me "e quando fores grande, que queres ser?".
E eu dizia " quero ser rico". Aparentemente ser rico não era resposta.

Acabei por me decidir por ser veterinário. Afinal, gostando eu dos bichinhos, pareceu-me a escolha lógica.... mas a lógica foi-se às urtigas quando vi o parto de uma vaca, do alto dos meus sete anos. Mais depressa congelaria o inverno , do que eu metia a mão nas intimidades da vaquiha mímosa.
Descartada essa possibilidade, quis ser as coisas mais mirabolantes, desde ladrão de bancos a psicoterapeuta - em minha defesa, eu lia coisas muito diversificadas.- mas obviamente, também passaram todas.

E cheguei aos 14, para escolher que área queria seguir dali em diante . "O que queres ser quando fores grande?"
Como se com 14 anos, tivesse espaço no cérebro que não fosse movido a hormonas, vaginas, pénis, coito, e todas aquelas palavras que nos faziam rir e corar com 14 anos.
Lá escolhi duma listinha, porque obviamente o nosso futuro tem que estar algures numa lista pré definida, ou não fará sentido.

Mais 4 anos e là vinha a bendita pergunta: "o que queres ser quando fores grande?".
Ora fouda-se, não se cansam de perguntar isso?
Tenho 18 anos, quero-me embebedar na areia e fazer mais sexo que um casal de coelhos em noite de lua cheia - 5 anos Depois acho que a ideia ainda é bastante apelativa. - mas tenho que escolher. Senão o mundo acaba, porque o meu eu adolescente não sabia para onde se virar, sei lá.
E queria ser jornalista.
E fui para engenheiro, escolha que se provou maior desastre do que a irmã do Ronaldo a escolher roupa.
Caguei-me naquilo ano e meio Depois, segui a minha vidinha e entretanto acho que fiquei "grande" (pelo menos cronológicamente).
E diz-se que as pessoas que não sabem o que querem da vida, são as mais interessantes.
Por isso devo assumir que mais interessante que eu não há.
Porque eu queria era ser rico, mas pelos vistos rico não dá, e "feliz" é resposta de miss.

2 comentários:

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